22 abril 2012

Capa de Outubro, de Kamile Girão


Olá, leitores do My World of Books! Como está o domingo de vocês? Sei que este dia é moragação total, porém, hoje, para nossa alegria (sem o ritmo da música, por favor), a autora Kamile Girão liberou a capa do seu mais novo (e esperado) romance, intitulado Outubro. Segue a capa e sinopse a baixo:





Você sabe o por quê das folhas caírem no Outono?" Shau desconhecia a resposta para aquela pergunta - até conhecer Kaero Morgan. E, naquele outubro de 2004, ele encontrou, no auditório da escola, aquela que lhe mostraria não apenas a razão pela qual as folhas abandonam suas árvores durante a estação que precede o inverno, mas que, também, ensinaria o rapaz de roupas largadas e desânimo constante a virar um homem. Outubro, 2013. Para Felipe Alves, seria somente mais um dia de árduo trabalho no hospital. Contudo, ao entrar no quarto 706, o jovem técnico percebeu que aquele não seria um mês comum. Após tantos anos, a vida finalmente lhe dera a chance de retificar os erros do passado e de livrar-se, finalmente, das folhas velhas que persistiam na árvore da sua vida.






Logo no início do ano postei a resenha do seu primeiro livro, Yume, que você pode conferir aqui
Como fã da Kami, posso dizer que estou ansioso² pelo seu novo projeto, e espero que ele seja ainda melhor que o primeiro. Ah, antes que me esqueça, o livro será lançado pela Editora (parceira daqui do blog) Modo! A previsão é para janeiro de 2013 - só resta esperar, não é mesmo?

14 abril 2012

[Resenha] Delírio, de Lauren Oliver

Título: Delírio
Autor: Lauren Oliver  
Editora: Intrínseca 
Páginas: 352
Nota:  5/5 +1



Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura? 

Delírio se passa em um futuro distópico onde o amor é considerado uma doença; e é nesse ambiente em que todos os adolescentes são enviados para fazerem uma cirurgia para poderem tirar o amor, e ficarem livres dessa doença. Lena está prestes há completar dezoito anos, e ela está animada para fazer essa cirurgia; mas, à medida que o que tempo vai passando, ela é infectada pela doença ao conhecer Alex, e a partir daí, ela vai ver que toda essa história que o amor é uma doença e precisa ser curada é uma farsa.

Essa é a primeira obra que leio da norte-americana Lauren Oliver; a autora se mostrou tratar de um assunto original e de forma tão sentimental. Ao decorrer da narrativa vemos que a autora explora os sentimentos de Lena, e podemos ver com clareza o que ela está sentindo. Mas não são apenas os sentimentos de Lena que são explorados; através de uma ligação que a protagonista tem com os demais personagens ela pode sentir coisas pelos gestos e olhares, e transmite para o leitor o que eles, provavelmente, estão sentindo (não estou dizendo que ela tem o poder de sentir os sentimentos das pessoas através do olhar, pois ela não possui nada de sobrenatural). Lauren tem uma narrativa lenta, porém, não é desnecessária; e podemos acompanhar, como se estivéssemos assistindo um filme, os acontecimentos. Palmas para ela.

Acredito que a caracterização dos personagens é o ponto chave de qualquer livro, e nesse, Oliver demonstra uma habilidade de distinguir a personalidade de todas as personagens, e volto a dizer que ela consegue expor os sentimentos dos mesmos de forma plausível. A Hana – creio eu – foi uma das personagens bem mais estruturadas de toda a trama; ela consegue convencer o leitor que é companheira de Lena nas situações mais difíceis. Alex também tem uma personalidade que se confunde – se bate – como a de um príncipe (quero dizer, as atitudes dele em relação à Lena é extremamente cuidadosa, como se ela fosse única para ele). E, finalmente, Lena; a garota tem seus sentimentos alterados ao decorrer da trama, e isso se deve por que ela fora enganada toda a vida por algo que acreditou. Até mesmo as personagens secundárias tem um papel fundamental, e não é à toa que eles estão ali, sem mais nem menos. E é simplesmente impressionante como todos os personagens – mesmo os secundários – tiveram um desenvolvimento.

Toda a distopia desenvolvida por Oliver é fantástica (apesar de se parecer com Destino “Matched” em alguns pontos, mas isso não tem importância), e como ela designou toda a trama é o que me deixou ainda mais fascinado pelo livro. Acho que toda a vagareza das cem primeiras páginas, a ação está presente de forma pulsante nas últimas páginas – e isso foi uma tremenda tacada por parte da autora. O final, apesar de ser uma montanha russa de tão louca, também é sentimental. Vemos que Lena sofre, e queremos acompanhar aquele sofrimento dela no livro seguinte, e tenho certeza que essa foi à intenção de Lauren. Mesmo após o término da leitura, esse livro está me fazendo refletir em tudo. Em todos os aspectos da vida. Mal posso esperar para ler Pandemônio!

Se você está querendo um livro para se apaixonar e ficar se lembrando dele após o termino da leitura, leia Delírio agora!


04 abril 2012

Promoção MODO!

A Editora Modo (parceira do blog) passou um e-mail para mim, no qual eu teria a escolha de um livro da editora quando publicado.


O quarto estava sombrio.
A escuridão chegava a fazer sons em meu ouvido. Em poucos segundos fui tragada completamente para um lugar desconhecido. Demorei a identificar o que estaria acontecendo. Com dificuldades de respirar, algo me impedia de mexer o rosto e causava mal estar. Percebi-me sendo sufocada pelo travesseiro. Alguém entrou em meu quarto e tentava me matar.
Retorci o tórax e, com as mãos livres, debatia-me na cama quase desfalecendo, engolindo o próprio sangue que descia pela garganta. Por um ato de misericórdia, o meu assassino soltou o travesseiro. Tive medo de encarar o tirano e ser surpreendida por novas tentativas de tortura. Em um ímpeto de sobrevivência, levantei da cama e passei a correr; saindo pelas calçadas escuras. Escutava seus passos atrás de mim. A distância entre nós era curta, estava quase me alcançando. Tropecei algumas vezes, levantando-me pela vontade de conseguir escapar. Sem perceber o rumo tomado, fui parar em frente ao penhasco paradisíaco da cidade, logo atrás de mim, o assassino misterioso querendo me matar.
De longe um clarão, alguém havia escutado meu grito e veio me socorrer. Ao se aproximar, por mais que tentasse, algo o impedia como se estivesse subindo em uma escada rolante que corria para a descida. Olhei-o pela última vez, era um moço alto que usava um paletó marrom. Seus olhos transpareciam impotência. Ele gritava algo que eu não ouvia.

------------

O que me chamou atenção no livro foi após eu ter lido o começo do primeiro capítulo. Antes disso, li a sinopse, e UAU! Eu precisava desse livro para ontem. O Voo da Estirpe se mostra um livro cativante, com uma sinopse arrebatadora, e parece ser uma leitura bastante vantajosa. Esse livro é - deve ser - uma das maiores apostas nacionais da Modo, e da própria literatura brasileira.

*Boa sorte com o livro, Adriana Vargas!