25 outubro 2011

Entrevista com a Kamile Girão

Hi, leitores do My World of Books! Esse post já passou do tempo de ser colocado, mas bem, aí está. A Kamile é uma fofa, sério mesmo. =)





1-Oi, Kamile, obrigado por aceitar essa entrevista com o My World of Books. Bom, de começo vou perguntar como surgiu a idéia do Yume. E como foi desenvolvê-lo.


A ideia de Yume surgiu de uma maneira muito engraçada – e, até certo ponto, constrangedora. Eu tinha catorze anos na época e estava naquele período em que a menina sonha em encontrar o seu príncipe encantado. No meu caso, eu havia, literalmente, sonhado com um rapaz a quem considerava o tipo perfeito e desejei vê-lo na vida real. Mas, como isso não acontecia, optei por escrever uma história que relatava a maneira como eu desejava conhecer este jovem. A partir daí, Yume surgiu e foi tomando formas bem divergentes daquilo que, inicialmente, planejei.
Desenvolver foi muito mais complexo. Sou do tipo da garota que não se agrada com facilidade e, por isso, refiz Yume várias e várias vezes, sempre modificando ideias. Só parei no momento em que acreditei que não havia mais a mudar ou acrescentar – mas, se ainda pudesse, talvez tivesse mexido na história um pouco mais.




2-Quanto tempo em média você levou para escrevê-lo? 


Comecei em finais de 2007 e terminei em agosto de 2010. Foram dois anos e nove meses, mais ou menos, escrevendo Yume.




3-Sabemos que Yume está fazendo sucesso no mundo do blog. Como você sente essa recepção ao Yume? 


Fico muito feliz e, ao mesmo tempo, custa um pouco para acreditar que tudo isso está realmente acontecendo. Para uma pessoa que, até a alguns anos, escondia as histórias que fazia por pura vergonha ou medo de ser mal compreendida, ver a repercussão de Yume nos blogs e nas redes sociais não deixa de ser uma agradável surpresa. Estou bastante satisfeita e espero que o livro agrade aos futuros leitores.


4-A festa de lançamento do livro aconteceu neste sábado (8), e o que você achou do pessoal que foi lhe prestigiar? Você espera que Yume tenha uma boa repercussão?


Ah, foi muito lindo e emocionante. A maioria dos presentes era amigos meus, e eles fizeram um momento de discursos só para me fazer chorar (rsrsrsrs). Mas também havia algumas pessoas que eu não conhecia, que foram ou por curiosidade ou por indicação dos meus ex-professores de escola. Exceto pelo nervosismo que me fez passar mal – literalmente –, fiquei bem satisfeita em ver tanta gente na Saraiva.
Espero mesmo que Yume tenha uma boa repercussão e que consiga agradar ao público. Acho que esse é o desejo de todo escritor: ver sua obra ser bem recebida pelos leitores.




5-Como todos sabem, ser autor brasileiro não é fácil (tiro por experiência própria), e ainda ser iniciante piora ainda mais. Você acha que teve dificuldade de publicar Yume? 


Dificuldades muito graves não, mas passei por imprevistos bem desagradáveis e desestimulantes no primeiro semestre desse ano. Fora isso, tudo foi tranquilo.


6-Como foi a sua primeira reação com a resposta da publicação?


Na primeira vez, entrei em êxtase e saí gritando e pulando pela casa, ligando pra todo mundo que conseguia lembrar. Na segunda vez, já fiquei mais tranquila, embora não menos feliz.


7-Você escuta alguma música enquanto escreve? 


Várias! Sou movida a música vinte e quatro horas por dia!




8-Trabalha em um novo livro? Pode nos contar sobre o que é? 


Estou na fase final de um livro que tem nada menos que seis anos (de ideias. De escrita, apenas um ano e alguns meses). Por hora, não posso revelar muita coisa, apenas que é um drama romântico chamado Outubro e, até o dado momento, é a minha única história que não envolve nada de fantástico e/ou sobrenatural.




9- Você sempre quis ser escritora?


Não, acredita? Quando era mais nova, escrevia apenas por gostar do hobby, queria mesmo era ser estilista e ter uma confecção. A ideia de ser escritora surgiu no meu último ano do ensino médio, quando, em meio a uma crise existencial de pré-vestibulanda, acreditei que escrever livros seria a profissão mais indicada a mim.


10- Vi que você faz faculdade de letras. Você acha que isso ajuda a escrever melhor ou desenvolver a história de um jeito melhor?


Ajuda e muito! Você expande seu mundo de leituras e sua visão sobre obras literárias e literatura em si. Além de, claro, enriquecer seu vocabulário de uma maneira bem intensa. Como vivo dizendo pra uma amiga minha: “tô falando muito difícil nesses tempos!”.


11-Qual o conselho que você dar para as pessoas que querem ter livros publicados no Brasil?


Corra atrás. Empenhe-se muito, tenha perseverança e nunca fraqueje. Uma hora, tudo dará certo (:

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